Começamos a entrar na recta final para as eleições legislativas. Sócrates à frente destacado em todas as sondagens, não pára de polvilhar o povo com medidas populistas. Exemplo evidente, foi a mais recente medida de diminuição das deduções aplicáveis aos ricos (!?!).
Manuela Ferreira Leite, que nada aproveitou do caso "Freeport", nem tão pouco da crise desde há muito instalada em Portugal, nem ainda das várias participações brilhantes de Paulo Rangel no parlamento, continua a falar tranquilamente a verdade e ... a descer nas sondagens.
É assim, Portugal é um país que gosta de líderes. Não interessam as características da liderança, importa a liderança, importa a capacidade de se mostrar forte, impermeável à emoção e de preferência com um sorriso de manha nos lábios. Em sondagens recentes, muito pouco divulgadas, os portugueses davam nota máxima em liderança a José Sócrates, sendo que em contrapartida consideravam Manuela Ferreira Leite uma pessoa muito mais séria e honesta e mais fiável se tivessem que confiar as suas poupanças a um dos dois.
São os mesmos portugueses que confiam a liderança das suas câmaras municipais a Avelinos, Valentins e Felgueiras, porque representam força, falam sem hesitar (mesmo quando a pergunta exige hesitação), fixam os olhos nas câmaras de tv em jeito de desafio. Mas por outro lado, e os portugueses sabem-no, representam a maior escória ao nível ético e moral (e, nalguns casos, mesmo legal).
Cada um tem aquilo que merece (ou, por outras palavras: "são um povo que não se deixa governar").
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3 comentários:
Acrescento, citando Mário Crespo, a propósito do casamento gay e da eutanásia:
" O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer."
Também começo por citar alguém, neste caso Ricardo Araújo Pereira (citação humorística): "Se a Manuela Ferreira Leite dissesse 'povo' em vez de 'populações', se calhar teria mais pontos nas sondagens..."
De facto, como citou o Paulo, é incrível o resultado contrário nas duas sondagens: para o País preferem Sócrates; pessoalmente, Ferreira Leite.
Por um lado, e tirando algumas frases infelizes que tem tido desde que é presidente do PSD, louve-se o facto de Ferreira Leite, não se aproveitar do caso "Freeport". No entanto, não é assim que se ganham, na maioria das vezes eleições, e ainda mais em Portugal...
Manuela Ferreira Leite fez muito bem em não se aproveitar do caso Freeport, mas julgo que o PSD tem que ser muito mais agressivo. Em poucas palavras, se quer ganhar tem que entrar no jogo. Repararam na logística montada pelo PS quando estoirou o caso Freeport, Sócrates em entrevista à Júdite, Pereira da Silva na SicNotícias, Augusto Santos Silva em declarações avulsas (várias ao dia), conferências de imprensa ...
Paulo Rangel fá-lo muito bem no parlamento, ataca ferozmente o Sócrates, mas sem ser trauliteiro tipo Luís Filipe Menezes/Ribau Esteves ou mesmo como o boxeur de serviço do PS - Augusto Santos Silva.
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