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Um país que anda constantemente numa rotunda e que tarda em perceber qual a direcção que deve tomar para dela sair.
sábado, 27 de setembro de 2008
Haruki Murakami
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Da série: História
sábado, 13 de setembro de 2008
Cooperação Estratégica em risco
Uma das grandes almofadas deste governo tem sido a tão propalada cooperação estratégica. Quem se recorda dos tempos de Cavaco Silva como primeiro ministro, não pode deixar de valorizar (como factor de estabilidade) a relação que este agora mantém com José Sócrates (o que diga-se, muito provavelmente não ocorreria, se Mário Soares tem sido eleito presidente, mas adiante ...).
Depois da forma leve e, no mínimo, pouco institucional com que o PS (sim, não é o governo, mas é o partido do governo) respondeu ao presidente da república após o veto à lei do divórcio, o líder dos socialistas açorianos (Carlos César) reagiu ao veto ao estatuto dos Açores ("o PS sabe muito bem o que fazer"), vem agora o dead man walking Rui Pereira afirmar que "Em relação aos efectivos que devem vir de funções administrativas para funções operacionais, quero dizer, com toda a clareza, que houve um atraso, que se deveu ao atraso da aprovação da Lei Orgânica da GNR".
Em relação a este último caso, julgo que a imediata intervenção do ministro da presidência (Silva Pereira), , diz tudo: "Se há responsabilidade (quanto ao atraso na aprovação da referida lei) é do Governo, de mais ninguém". Já agora é importante relembrar a data do anúncio feito por José Sócrates no parlamento quanto ao aumento de 4.800 operacionais. Apostas? No início deste ano? Há um ano, em Setembro do ano passado? Não, foi no dia 27 de FEVEREIRO DE 2007.
Quanto ao tom utilizado pelo PS no caso dos vetos à lei do divórcio e ao estatuto dos Açores, o governo e o PS têm de perceber Cavaco Silva. Este é parco nas suas intervenções, escolhe minunciosamente todos os passos que dá. Após o envio do veto (bem fundamentado nos dois casos) o PS não pode reagir numa base trauliteiro-parlamentar com o presidente da república.
Isto para o seu próprio bem ...